Órteses
Órteses rígidas são tratamentos feitos sob medida para animais com dificuldades locomotoras, com intuito de proteger articulações, corrigir movimentos excessivos e dar suportes a membros, sendo também uma alternativa para animais em que a cirurgia não é aconselhada (ex: problemas sistêmicos) sempre visando melhorar a qualidade de vida dos animais.
As órteses podem ser utilizadas em praticamente todas as articulações dos animais dos mais diferentes tamanhos e espécies.
Órteses Híbridas.
As órteses híbridas são tratamento desenvolvidos para animais que apresentam dificuldade em se manter em estação e realizar a marcha, além de também poder ser aplicada a animais com amputações altas em que não é possível a utilização de uma prótese.
Nesse tratamento pode conter suportes de auxilio com eixos e rodízios tanto em região torácica como também em região pélvica.
Órteses para coluna vertebral.
As órteses para a coluna podem ser projetadas para estabilizar diferentes regiões da coluna vertebral dos animais sendo mais comumente utilizada para região cervical ("pescoço").
Essas órteses podem ser utilizadas principalmente em períodos pré e pós-operatórios, porém sua utilização deve ser planejada com antecedência para que o tratamento possa ser desenvolvido e finalizado no momento correto em que o animal utilizará.
Órtese para articulação escápulo-umeral (ombro)
As órteses para articulação escápulo-umeral ("ombro"), podem ser associadas a outras órteses de membro torácicos como órteses de cotovelo ou rádio-cárpicas.
Essas órteses podem ainda conter limitadores, sendo sua principal aplicação para animais com instabilidades escápulo-umerais e luxações escapulares.
Órtese para articulação úmero-radio-ulnar (cotovelo).
A articulação úmero-rádio-ulnar ("cotovelo") é uma articulação que pode ser acometida pelos mais diferentes tipos de fraturas e também de patologias articulares. Sendo as órteses para esta articulação uma alternativa para pós operatórios onde necessitam a restrição de movimento, suporte do membro e até mesmo estabilidade articular, pois é possível restringir e liberar o movimento conforme desejado.
Órtese para articulação rádio-cárpica ("punho").
A hiperextensão da articulação rádio-cárpica comumente conhecida como "achinelamento", como também a instabilidade lateral podem ocorrer em decorrência de traumas, sobrepeso, sobrecarga da articulação em consequência de outras patologias e até mesmo problemas cervicais.
As órteses para articulação rádio-cárpica podem proteger e dar suporte as mesmas podendo serem fixas ou articuladas.
Órtese para articulação coxofemoral.
As órteses para articulação coxofemoral ("pelve"), trazem conforto para animais com displasia coxofemoral pois, entre outras funções, evitam movimentos de hiperextensão e hiperflexão.
Assim como em outros tipos de órteses as órteses para coxofemorais podem ser associadas a outras órteres de membro pélvico e também conterem limitadores e tensores elásticos.
Órtese para articulação femoro-patelo-tibial (joelho).
As órteses para articulação femoro-patelo-tibial ("joelhos"), tem como principal função dar suporte para articulação, além de impedir movimentos de translação tibial e movimentos laterais gerados por patologias com rupturas de ligamento cruzado cranial e rupturas de ligamentos colaterais.
Esse tipo de órtese pode ser utilizado em animais em que a cirurgia não é recomenda e também em pós-operatórios de osteotomias corretivas.
Órtese articulada para articulação tíbio-társica
As órteses para articulação társica ("tornozelo") são recomendadas para casos de diversos tipos de instabilidades tíbio-társica geradas por diferentes fatores. São recomendados também para frouxidões ligamentares, luxações e sub luxações, pós operatórios de cirurgias de tenorrafia, artrodese, fraturas de diferentes tipos, sendo esse modelo de órtese também utilizado para proteger as articulações dos membros pélvicos nas mais diferentes patologias crônicas e agudas.
Atenção:
Órteses são tratamentos e sempre necessitam de ajustes, cuidados e dedicação. Por isso adaptação do animal ao tratamento para que, haja maiores chances de sucesso na sua utilização, deve SEMPRE ser acompanhada por um Médico Veterinário Fisioterapeuta especializado em reabilitação.